25.9.08

755 – Cascadura x Gávea

Longe de mim querer ganhar Oscar. Não é isso. Nem acho que o blógue mereça tanto, de forma nenhuma. Mas é que como tem filme com nome de linha de ônibus e um deles está aí na boca do Oscar, me senti no direito de colocar um pôste também com nome de linha de ônibus do Rio.

Até porque, se existe um ônibus que eu tenho uma relação assim de amor é o 755. Sem sombra de dúvidas foi o ônibus que eu mais peguei na vida, em diversas etapas. E na última segunda-feira, voltando de um encontro com amigos do Pedro II, nada mais nostálgico que voltar para casa nele – até porque, do CPII ou das festas da galera, eu ia e voltava nele.

O 755 começa ali na Gávea, como o nome diz, mas no Estádio da Gávea, do Mais Querido, do Mengão, que fica no Leblon. Uma vantagem do 755 é que a linha, de noite, não tem aquele lance chato pacas daqui do motorista ser o cobrador – o que tira emprego das pessoas e retarda a viagem. Então, ônibus novo, grande e com cobrador, o que adianta a viagem.

Mas continuando a viagem, o 755 parte ali da Gávea e já pega o Túnel Dois Irmãos. Já aí, várias lembranças. Até descer do ônibus logo depois do túnel, com o trânsito engarrafado, eu já fiz, para ir trabalhar na rua Mary Pessoa, no Alto Gávea. Ainda ganhava a subida da rua, uma boa caminhada. E tomava café na padaria próxima.

Sai do Dois Irmãos e cai na Rocinha. Nada demais. Nunca vi um problema ali por baixo. E nunca o ônibus foi assaltado ali. Na verdade, só trabalhador entrando e saindo. Aí, mais 200 metros, o São Conrado Fashion Mall, o bairro cheio de gente rica, os prédios onde moram artistas e cantores. Ô contraste deste Rio de Janeiro...

E lá segue o 755, entrando no Elevado do Joá. De manhã, na ida para o colégio e na direção contrária, pegava o sol nascendo atrás do mar. Lindo. De noite, na volta da Cobal, vento frio e o mar brilhando com o reflexo das luzes nas ondas. Quando termino de pensar nisso, vem a Barra da Tijuca.

Ô, a Barra tem uma parte importante na minha vida. A primeira escola, a República da Colômbia, no Riviera. Os primeiros amigos para a vida toda, os primeiros romances infantis, os primeiros filmes em cinemas de shopping, o primeiro acidente de carro, a primeira caneta do Flamengo, as festas no Marapendi, a praia, a praia e a praia, os primos e as casas nos condomínios, os violões e as músicas tiradas em guitarra, os namoricos, os refrigerantes de máquina em copo de papel, a volta para casa na mala da Belina, enfim, lembranças...

Aí, depois do Barra Shopping, vira para a Alvorada, aquela obra faraônica e superfaturadíssima do César Maia, a tal da Cidade da Música, que encobre o Bosque da Barra, onde ia quando era criança. Aí, Casa Shopping – vi um dos Karatê Kid lá e o primeiro filme 3D da minha vida – e depois o Via Parque. Passa a ponte, a entrada para o autódromo e o Riocentro, passa outra ponte, vem a Cidade de Deus. Também nunca vi nada por lá.

E segue o 755. Pega a Gabinal e desce na Freguesia. Se fosse há 11 anos atrás, eu desceria na Freguesia e iria caminhando pela Três Rios até a Xingu, para ir para casa. Mas o ônibus segue por Jacarepaguá, vai se encaminhando pro Pechincha, passo por uma obra da Celi que me faz lembrar de Aracaju, chego no Planalto do Chopp (acho que é esse o nome) onde comemorava os títulos do Flamengo. Aí, sigo no ônibus, Mato Alto, Praça Seca. Desço. Caminho até em casa. Me lembro do encontro com o pessoal do CPII na Cobal. Como algumas coisas não mudam na vida. Uma delas é o 755. Outra, a amizade.

21.9.08

O ACORDE SEGUINTE

São duas e meia da madrugada de sábado para domingo. Horário cedo para estar em casa no Rio – pelo menos eu acho. Mas hoje preferi fazer um programa família, indo para casa de amigos de longuíssima data da família. E que escolha bacana. Reencontrar Décio, Sonia, Renato (com a namorada, Gláucia ou simplesmente “More”), Denys, Marlene, Mitzzi e Claudio. Aliás, Claudinho ficou por último porque é o maior amigo de infância, mas encontro com ele todo dia no trabalho. Ele é o amigo de infância que ficou – estudamos juntos do jardim à quinta-série, sempre na mesma sala.

Enfim, foi legal pacas. Até violão eu toquei, para voltar de vez no tempo de festas e de aprendizados na Rua Ituverava, 202. Não tem mais Mancha, Rabisco, Garatuja, os cachorros que passaram pela casa. Tem um gato que me esqueci do nome agora, mas que se amarrou em mim. Dormiu aos meus pés, logo eu, que sou alérgico a pêlo de gato. Mas é vida que segue, o queijos-vinhos-cerveja-e-violão foi bom demais.

Assim como foi bom demais voltar a ver a Freguesia. Freguesia é uma localidade de Jacarepaguá e foi onde cresci. Foi onde virei gente e só saí aos 20 anos de idade para ir para a Praça Seca, onde estou morando agora. E ainda estão lá algumas coisas da infância e da adolescência, como a Passarela de Jacarepaguá, a padaria Cisne Branco, a Sendas cada vez maior, o posto Ipiranga na esquina da Estrada dos Três Rios, o cachorro-quente na praça da Freguesia.

Também tem um monte de coisa nova. Por exemplo, onde existia o Funchal, bar da infância, com um garçom português engraçado pacas, tem agora uma loja de carro. Que desperdício trocar chope por gasolina... aliás, o que tem de loja que vende carro não está no gibi ali pela Freguesia. Tem, também, mais supermercado – aliás, o tal do Prezunic parece um shopping! Saudade do Kompre Mais, mercearia do outro lado da rua quando era criança. Saudade de comprar leite B em saco, de deixar pendurado o refrigerante no Belacap, de comer pizza no Tio Frank, na esquina da rua Xingu.

Ah, por falar em Tio Frank, tem um enorme na esquina da rua da casa de Décio, Sonia, Renato e Claudio – agora por ordem cronológica. É o Tio Frank expandindo os negócios. Será que eles vão deixar eu, agora, entrar na cozinha como antes e preparar a pizza junto com os caras? Acho que não.

Mas as lembranças hoje foram da infância e da adolescência. Do tempo em que eu tirava o tampão do dedão na rua jogando bola descalço, que a Vó Geny (vó de Claudio e Renato e minha também, emprestada) esfriava o nosso café com leite passando o líquido de um copo para o outro. Do tempo em que eu achava que ter 18 anos iria ser o máximo, porque poderia dirigir. Do tempo em que eu tocava muito violão e imitava a Delayne, que era canhota e tocava o violão, para mim, como se fosse um espelho. Do tempo em que as festas eram muito boas, e que eu não tinha preocupação com nada, a não ser acertar o acorde seguinte.

15.9.08

ACOSTUMAR INFINITO

Avenida Presidente Vargas, ali pela altura da Central do Brasil, 20:44 no relógio da rua, temperatura de 16 graus. Chuva um pouco mais fina que a chuva fina. Ô dia feio que fez hoje no Rio de Janeiro. Feio e frio. Na ida para o trabalho, iniciozinho da tarde – ali logo depois do meio-dia – estava uma neblina danada do alto da Serra Grajaú-Jacarepaguá. Neblina da gente não conseguir ver o outro lado da rua. Mas foi só descer duas curvas que a vista, acinzentada, já se apresentou.

Tem tempo que não escrevo no blógue. O fiz correndo, quando cheguei, para dar logo as impressões e comunicar das coisas. Depois, foi um evento atrás do outro, um encontro atrás do outro, um reencontro atrás do outro, até passar por uma semana toda nova e boa, e aí hoje eu escrevo.

Não gosto de chuva, mas gosto de frio. O porém é que no Rio não faz frio com solão e céu azul, como em Porto Alegre, por exemplo. Então, na maioria das vezes, faz frio e tem uma chuva. Hoje não foi diferente. E carioca ainda está se acostumando a viver com frio e chuva, assim num acostumar infinito com essa situação. Eu ando na rua na boa e tal, mas não vou mentir: ainda não me acostumei com esse tempo murrinha que fez hoje e que deve continuar amanhã.

Aí que hoje aconteceu fato inusitado na volta do trabalho: o ônibus de ar condicionado, mais confortável e tal, passou vazio – ótimo, porque eu o peguei. Um pouco antes passou outro ônibus, sem ar, e que faz quase o mesmo trajeto: tinha gente em pé. Aliás, outra coisa com a qual eu vou ter de me reacostumar, ou ficar neste acostumar infinito: andar em pé em ônibus. Encaro o coletivo cheio, é fato. Mas morar longe e vir em pé é trevas.

Outra coisa trevas do Rio – trevas no sentido de exclamação da palavra – é o quanto a galera ouve celular ou mp3 player nos ônibus e nas ruas. Sem zoação, é mais da metade do ônibus, indo e voltando, que vai escutando o celular recheado de música ou o mp3 topado. Eu escuto iPod. Mas no trocadilho tosco, esse “aí pode” não vai poder muito mais não. Melhor perder um mp3 de 1 giga do que um iPod de 8. E gosto do meu iPod. Paguei caro, comprei capa de silicone, uma belezura. Se levarem, onde arrumarei outra amiga mara para trazer dos states outro para mim – se bem que o novo iPod, lançado semana passada, é bonito pacas. Huuummm, vai ter outra guia de turismo por aí não, hein?!?! ;-)

Outra coisa com a qual estou me acostumando é com o trabalho. Está começando a caminhar melhor. Hoje ficou claro para mim como uma crise lá fora interfere na vida da gente aqui. Não que eu não soubesse. Sabia e sei. Mas é que com o andar do trabalho, tudo acaba ficando mais simples, o pensamento caminha mais rápido, as coisas se ligam mais facilmente, quase mecânico.

É isso, voltei a aparecer por aqui. Esse tempo distante foi para um acostumar infinito com o Rio, com as coisas dele, com as coisas que estão fora dele. Se a gente tem de caminhar e não pode ter tudo como quer, ao menos por enquanto, bom ir se acostumando.

P.S.: Cabrunco, tô me cariocando de novo. Um pôste inteiro sem uma expressão aracajuana. Maaassa, véio!!!!

2.9.08

PRIMEIRAS IMPRESSÕES. OU SERIAM REIMPRESSÕES?

Nunca tinha passado tanto tempo longe de algo que tive muito contato como agora, com o Rio de Janeiro. Hoje foi o primeiro dia deste início, ou reinício, daí o título do poste, ‘Primeiras impressões. Ou seriam reimpressões?’. Sem nenhuma pretensão de nada, só o que passou pela mente ontem e hoje, tirando o tal do nervosismo no trabalho. Se alguém quiser saber o que pensei, só ler.

- Tenho que encher os oito gigas do iPod rapidinho. Daqui a uma semana vou começar a repetir música. Ô cidade em que tudo é longe...

- Caraca, o Maraca tá diferente mesmo!!! O público é outro! E o público feminino, então? Como diz um amigo, tenho de ir arrumado pra ver jogo de futebol agora, com perfume e tudo! Ô...

- Quanto cartaz tem espalhado pelo Rio, de candidato a serviços obtusos. Os que mais vi hoje, pelo menos os que mais reparei, foram os de tarô, baralho, trago a pessoa amada em três dias e afins. Quanta coisa dessa tem por aqui, meu Deus. O mais tosco foi um de uma “vidente humana”. E ela é vidente de quê? De animal? Vai chegar pro cara e dizer “Ó, não vai por aquele caminho não que o pombo vai cagar em cima da sua cabeça...”.

- É estranho voltar a fazer um trajeto que fazia direto, passar pelas mesmas ruas e ver que as elas não são mais as mesmas. Estranho, mas legal. Bem ou mal, é uma sensação de novidade com gosto de antiguidade.

- O Rio de Janeiro cobra caro por uma qualidade de vida que ele não oferece. Isso em relação a serviços de limpeza, segurança e afins.

- Ver o Engenhão do alto da Serra, ou da Auto-Estrada Grajaú/Jacarepaguá, é massa. O estádio é bonito. Aliás, é maneira a vista do Rio lá do alto da Serra...

- Rio de Janeiro com 16 graus até que é legal, desde que não chova. E faz um friozinho bacana.

- Fila pro show da Madonna dá mais gente que fila para ingresso de jogo de futebol.

- Tá na hora de ver e ouvir uma boa roda de samba. E também de passar um dia na praia com amigos.

- Tenho de começar a atualizar o vocabulário. Os amigos do jornal falam do sotaque. E eu, quando faço um comentário, mando um “massa” e não um “maneiro, brother”.

- Tem tanta coisa que eu queria ter feito, e que queria fazer, e que não posso...

1.9.08

ÊITA CABRUNCO

Primeiro pôste para o CajuNews desta nova etapa no Rio de Janeiro. Vai ser curto, mesmo, só para informar o tradicional “cheguei, tô vivo, daqui a pouco começo o trabalho novo, tô nervoso”. Em linhas bem resumidas, é isso aí. Êita cabrunco, a ficha começou a cair.

Ontem foi meu primeiro dia carioca. Digo primeiro porque como tudo tem início ou reinício, estou iniciando uma nova etapa na vida e reiniciando a vida no Rio. E tirando o nervosismo com o primeiro dia no trabalho (“Ô Zazá, bote pra lá esta porra”, né Kaká?), a ansiedade para saber como vai ser a rotina e se darei certo na mudança profissional, tudo está bem leve. Está tudo na paz.

No primeiro dia no Rio, quase tudo perfeito: café da manhã com café preto e bolo de fubá, almoço com “comidinha que filho gosta” feito pela mãe, Maraca com Fla-Flu emocionante, reencontros com amigos no estádio que perguntaram “veio só para ver o o jogo? Tá podendo...” e que acharam maneira a resposta “não, compadre, vim para ficar. Amanhã começo a trabalhar por aqui...”. Abraço, o tradicional “maneeeiro, cumpádi, tá de volta!!!” e descida da rampa do Maracanã, ao lado de 60 mil pessoas, já marcando o chope de sexta e a feijoada de sábado em Laranjeiras, “para reencontrar a galera toda, Leo”. O quase perfeito do primeiro dia ficou por conta da atuação grotesca do Obina, que perdeu três gols feitos e mais tropeçou na bola que andou, e pelo frango do Bruno. Mas o 2 a 2 até que foi legal...

Agora tenho de ir pro jornal. Fazer a barba, tomar um banho, frescão até o Centro. Tenho de chegar apresentável no primeiro dia. Então, arrumação e banho com ar condicionado. Depois, muito o que ver para aprender e tentar botar para lá a insegurança da primeira semana. O bom é que terei a companhia de uma grande amiga neste início, além de ótima jornalista. Aí, vai ficar mais fácil.

Mas para os amigos aracajuanos que acompanham este blógue e para os amigos cariocas que o lêem, “tamos aí”, para usar uma expressão antiga da vida profissional do Rio, expressão que tem bem uns oito ou nove anos. É vida que segue. E para ser bem sincero com todos, só segue em paz, leve, por causa do último dia em Aracaju.

Depois, ainda esta semana, escrevo mais.

11.8.08

CORRA, LEO, CORRA

O último pôste no blógue foi há uma semana atrás. É que começou o último mês em Aju City e a correria é grande. Quer dizer, vai piorar no fim do mês, normal, deixo tudo para a última hora mesmo. Mas como vi um recado da ‘digníssimagenteboaeamigona’ Luana Oliva pedido para eu blogar, eu bloguei e escrevo por aqui.

Está rolando uma sensação estranha nestes últimos dias, algo como correndo contra o tempo. No melhor estilo ‘o que eu deixei de fazer em Aracaju’, tô tentando fazer o que não fiz e repetindo o que gosto mais. Tudo para, no Rio, não pensar ‘pô, faltou isso em Aracaju’ ou ‘deveria ter voltado em tal lugar’.

E nesse caminho, então, não estou negando nada, ou quase nada. Se é para sair e tomar um chope, lá vou eu. Ver jogo do Flamengo no bar? Vamos nessa. Sair de noite para comemorar pela terceira vez o aniversário de uma amiga? ‘Tamos’ juntos’. Almoço no shopping? Claro! Praia? Bar de tarde no fim de semana? Festa? Ôxe, é comigo mesmo...

Não sei como vou chegar ao Rio de Janeiro depois de quase um mês todo de farra. Ontem, domingão, passei mais na horizontalidade do que na verticalidade. Foi bom. Hoje, segunda, estou na boa. Tem também a academia, já que a malhação ajuda a suar a cerveja ingerida com pouca moderação. E vida que segue, porque tem de ser vivida. Mas que está trevas essa vida intensa, ah isso está.

Agora, só estou pensando em resolver algumas coisas burocráticas do apartamento e na festa de sábado, que espero que seja bem legal. Tem tudo para ser massa.

Já a intensidade e o ritmo das coisas me afastam um pouco do CajuNews. Porém, vou tentar registrar aqui todo o meu carinho e apreço pelos amigos daqui. Vou tentar – nem vou prometer... – escrever pôstes para falar das pessoas que me ajudaram pacas aqui, que foram importantes, que se tornaram amigas de todas as horas, que... e que. Enfim, uma forma de registrar e deixar a homenagem para quem quiser ler.

4.8.08

ZUMBIDO EXPLICADO

Há alguns dias publiquei aqui um texto da assessoria do Star Fish informando do 10º Congresso Internacional de Zumbido, que será realizado no resort em 2011 (looooonge pacas...). Pois bem, o tal do texto não explicava patavinas sobre o que era zumbido.

Eu, de preguiça, também não procurei saber a explicação de tanto zumbido e só postei o texto dos caras porque achei engraçado. Mas hoje, minha fidelíssima escudeira Martha Mendonça me mandou a explicação sobre o que é o tal do zumbido.

Marthinha, hoje eu vou dormir feliz. Já sei o que é zumbido!
SEM COMENTÁRIOS

Sábado, fim da tarde, passada no trabalho para coletar mais dados para uma apresentação. Mesa da chefe, a edição de domingo, 3 de agosto, do JC. A capa vai abaixo. Viva a moda da manchete!!! E pano rápido...

1.8.08

VIVA A SEMANA DA AMAMENTAÇÃO



Hoje, dia 1º de agosto, está sendo aberta em todo o mundo a Semana da Amamentação. Mas o leitor habitual deste blógue deve estar se perguntando “mas por que cabrunco o Leonardo está falando de amamentação?”. É porque o assunto é importante, é porque existe uma rede mundial de blógues tratando do tema e porque aqui em Sergipe há várias ações que podem ser feitas para ajudar.

Comemorada anualmente em mais de 120 países, a Semana Mundial da Amamentação é uma iniciativa da Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno, concebida em 1992 com o objetivo de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. Para este ano o tema escolhido foi 'Nada mais natural que amamentar. Nada mais importante que apoiar', para que os familiares da lactante apóiem e propiciem um ambiente adequado para a amamentação.

O Estado tem um banco de leite humano, o Marly Sarney. Em meados de julho, a informação era de que a quantidade de leite tinha passado 21,9 litros em abril para 57,21 litros em junho, um acréscimo de 161% em dois meses. Se o trabalho feito pela Maternidade Nossa Senhora de Lourdes para ampliar o número de doações surtiu efeito, a quantidade coletada não é a ideal, já que a maternidade precisa de algo entre 100 e 120 litros de leite por mês.

Outro dado é que nos primeiros seis meses de 2008 foram coletados 282,72 litros de leite materno e distribuídos 392,76 litros. Mesmo assim, o estoque não é o ideal para a manutenção dos recém-nascidos prematuros de baixo peso que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonoatal (UTIN) das maternidades.

A amamentação é importante por diversos motivos. O leite de peito é o alimento mais completo que existe para o bebê. É de fácil digestão, não sobrecarrega o intestino e os rins e ainda protege o bebê da maioria das doenças. Amamentar é prático. Não precisa ferver, misturar, coar, dissolver ou esfriar. Além disso, o leite materno está sempre pronto, a qualquer hora ou lugar.



O ato de amamentar transmite amor e carinho, fortalecendo os laços entre a mãe e o bebê. A mãe também fica protegida contra a perda de sangue em grande quantidade depois do parto e contra a anemia. E como a natureza é sábia, a amamentação diminui as chances de a mãe ter câncer de mama e de ovário.

Então, galera, o CajuNews se soma à rede blogueira. E, para terminar, os endereços de bancos de leite humano em Sergipe.

Hospital e Maternidade São José

Banco de Leite Humano Irmã Rafaela Pepel
Rua Jackson de Figueiredo, 401, Centro
Itabaiana - CEP: 49500-000
Tel.: (79) 3431-2290

Maternidade Hildete Falcão Baptista

Banco de Leite Humano Marly Sarney
Rua Recife, s/n, bairro José Conrado de Araújo
Aracaju - CEP: 49085-310
Tel.: (79) 3226-6335

Maternidade Zacarias Júnior

Serviço de Apoio e Incentivo ao Aleitamento Materno Zóed Bittencourt
Rua Hipólito Santos, s/n, Centro
Lagarto - CEP: 49400-000
Tel.: (79) 3631-9604

29.7.08

ESTAÇÃO DERRADEIRA

Há algum tempo eu escrevi um pôste aqui e coloquei a música ‘Jura’ (Foi uma jura, que eu fiz de nunca mais amar...). Pois bem, não sei se fui muito bem entendido na época, mas não tinha nada a ver com amores. Nada disso. Tinha a ver com a minha volta para o Rio. O motivo era simples: tinha tomado a decisão e ainda não tinha avisado no trabalho. Daí eu me remeter a uma jura que tinha feito há alguns anos e que tinha quebrado bonito. Não tem nada a ver com amores. E ainda tentei deixar claro isso, falando que se a música fosse só para o amor, tudo bem. Mas me entenderam errado.

Saí do Rio com a intenção de não mais voltar. Essa intenção quase que foi pro ralo no início de 2007, quando passei uma semana por lá e tive, sim, vontade de retornar. Aí, agora, com a oferta de trabalho e a possibilidade real de me estabelecer profissionalmente, a vontade deu lugar à realidade, ao fato concreto de voltar para casa.

E como agora já é certo, coloco uma das trocentas músicas que falam do Rio e que eu ouvi hoje cedo. É ‘Estação derradeira’, do Chico, de 1987. É a música que dá o nome ao pôste.

Rio de ladeiras
Civilização encruzilhada
Cada ribanceira é uma nação

À sua maneira
Com ladrão
Lavadeiras, honra, tradição
Fronteiras, munição pesada

São Sebastião crivado
Nublai minha visão
Na noite da grande
Fogueira desvairada

Quero ver a Mangueira
Derradeira estação
Quero ouvir sua batucada, ai, ai

Rio do lado sem beira
Cidadãos
Inteiramente loucos
Com carradas de razão

À sua maneira
De calção
Com bandeiras sem explicação
Carreiras de paixão danada

São Sebastião crivado
Nublai minha visão
Na noite da grande
Fogueira desvairada

Quero ver a Mangueira
Derradeira estação
Quero ouvir sua batucada, ai ai

28.7.08

SEGUNDAS-FEIRAS

Eu geralmente tenho uma relação péssima com as segundas-feiras. No melhor estilo Garfield, eu odeio as segundas-feiras intensamente. É começo de semana, geralmente ainda finalizando a rebordosa do fim de semana e tome de trabalho. Até porque, no meu trabalho, não é possível começar nenhum dia devagar, o que dirá as segundas-feiras. Segunda-feira boa só se for dia seguinte de vitória do Flamengo. E como o Mengão empatou ontem com o Botafogo, nem isso ajudou muito...

Mas essa segunda-feira está diferente. Não, não foi o fato de almoçar com amigos no Ferreiro e pagar a conta de uma amiga como presente de aniversário. Não foi o fato de dar seguimento aos assuntos do trabalho que estavam pendentes. Não foi o fato de brincar constantemente com os amigos de labuta. Não foi nada disso.

Essa segunda-feira está diferente porque voltei a sentir uma empolgação que há muito não sentia. Porque voltei a ter sentimentos que estavam tão, mas tão bem guardados, que quase não apareciam. Porque voltei a sorrir do nada só pensando na vida. Porque há moças lindas neste mundo.

Continuo odiando segundas-feiras. Ô dia chato (só é bom para zoar torcedor rival). Mas esta segunda-feira, excepcionalmente esta, está é muito da boa. Sensacional, eu diria. E é só porque eu estou feliz.

22.7.08

DAS COISAS ERRADAS...

Hoje o tal do Orkut escreveu para mim (como se o Orkut me escrevesse, claro) que eu iria receber boas notícias por e-mail. Errou feio... Além dos e-mails habituais, só chegou o boleto de pagamento da parcela do carro. Boa notícia do cabrunco saber que fiquei mais pobre 'nestaporra'.

21.7.08

VIVA O ZUMBIDO

O blógue não é muito disso, mas é que o release abaixo merece ser destacado. Tanto pelo teor - o que seria o congresso de zumbido, que não está explicado? - como pelo tema: viva o zumbido.

O texto é da assessoria do resort e não mexi em nada...

Starfish receberá 10ª Congresso Internacional de Zumbido

Sergipe, que está entre os estados do Nordeste com os melhores índices de qualidade de vida, foi estrategicamente escolhido para sediar congresso realizado pela primeira vez na América Latina

Nem São Paulo nem Rio de Janeiro. Mas Sergipe, precisamente o resort Starfish Santa Luzia, que sediará em 2011 o próximo 'Congresso Internacional de Zumbido', evento que ocorre de três em três anos entre cidades européias e americanas e que será realizado pela primeira vez no Brasil.

Além da excelente infra-estrutura para eventos, os 400 pesquisadores internacionais da área de zumbido poderão desfrutar de toda a comodidade do sistema All-Inclusive, com as melhores opções de restaurantes e bares e atividades de lazer e entretenimento.

1.7.08

VAI FICAR

Hoje eu ia escrever para este blógue sobre mais uma molecagem no trabalho. Preferi me conter. Iria acabar pegando pesado com um sujeito que disse “como diz Araripe Coutinho, é muita fechação” só porque eu falei que seria demais fazer uma coletiva de imprensa para anunciar o lançamento de um sítio de uma secretaria. Aí, fiquei pensando no que escrever.

Assim, o blógue foi criado para falar de Aracaju aos cariocas e a quem mais quisesse ler. No período de bombação dele, em 2004 e 2005, cheguei a receber até comentários de fora do país, o que achei bem legal. Só que, daqui a algum tempo, o CajuNews vai perder essa função. Tirar o blógue do ar?!?!?! De jeito nenhum.

Bom, o nome vai continuar, o endereço será o mesmo, mas o mote será outro. Além de mandar notícias na mão invertida, acho que vai virar um blógue de generalidades, uma página para eu me comunicar mesmo e contar coisas variadas.

É isso, de um pôste em que eu iria acabar falando de molecagem e pegando pesado, acabei decidindo que o devezemquandário vai continuar na internet. E ponto final nesta parada.

23.6.08

MOLECAGEM

Acabo de presenciar um ato de molecagem no trabalho, daquelas molecagens sadias, que me fizeram lembrar das molecagens do Lancenet. A de hoje foi assim. O intrépido fotógrafo André Moreira simulou uma ligação de um assessor, enredou na conversa e disse que o cara iria mandar duas matérias para a gente corrigir na redação da Secom. Cara de espanto da Joana, que está em marcha lenta, assim como eu. E tudo porque eu disse que hoje, véspera de feriado por aqui nas terras de Sergipe Del Rey, o que chegasse do dito assessor só seria corrigido na quarta-feira, porque eu não faria maldade com ninguém.

Depois das risadas, lembrei, e contei, das histórias do Lancenet. Da galera ligando para saber dos resultados após as rodadas e a gente transferindo a ligação para outros ramais, com um sacana “um segundinho só que eu vou transferir sua ligação para o setor de resultados da Segunda Divisão”. Claro que o cara que ligava ficava puto.

Ou, então, a galera simulando defeito no telefone, fazendo um descarado “sssshhhhhhh (ou algo como interferência)... não estou te ouvindo direito, amigo, ligue de novo”, pro cara ficar bolado. Aí, o cara retornava, a gente continuava imitando o defeito e quase sempre ouvia um “porra, vocês estão de sacanagem, não acredito”. Ah, de vez em quando a gente dizia que não era do Lancenet...

Aí, a molecagem passou para as lembranças daquela época, das amizades, dos chopes no Capela, das charruscas, das entrevistas com os coroas e os craques do futebol. Decidi, mas não sei quando vou cumprir, que vou voltar a entrevistar esses caras do futebol, craques, ídolos, e aumentar os autógrafos na camisa da Seleção Brasileira comprada exclusivamente para este fim – estão lá Júnior, Reinaldo, Jairzinho, Dadá Maravilha, Wilson Piazza e Telê Santana. Falta o Zico.

Agora, enquanto escrevo, percebo que já guardo um monte de lembranças, boas, ruins e importantes, de Aracaju. Uma ruim foi acordar de madrugada uma semana depois de perder o primeiro emprego aqui, tirar uma foto da Nova Saneamento da janela do apartamento e ficar me perguntado o que tinha vindo fazer nesta cidade. Um “ei, tá maluco, venha dormir. Não pense agora não. Você é bom e vai se dar bem, eu sei”, me fez dormir.

Uma boa lembrança, ligada a essa ruim, foi receber o prêmio Petrobras Direitos Humanos de Jornalismo e poder dizer, num Teatro Atheneu repleto de jornalistas, que o prêmio era dedicado, também, ao empresário que me demitiu, porque se nada daquilo tivesse ocorrido, eu não teria feito a reportagem premiada. E uma lembrança importante que vai ficar é a dessa molecagem de hoje, porque mostra que a molecagem sadia no trabalho ainda existe. E esse tipo de coisa é massa pacas.

Claro que há muitas outras lembranças boas, ruins e importantes, antigas e recentes, algumas até bem recentes. Mas isso é assunto para depois. Agora começou o jornal do meio-dia e tenho de ver, por causa do trabalho.

12.6.08

QUEBREI

A pequena letra, de 1954, é do Zé da Zilda, do Marcelino Ramos e do Adolfo Macedo. O nome é Jura. Se fosse só o amor, tudo bem. A gente ama, desama, ama de novo, depois desama, ama loucamente, só pensa numa pessoa e por aí vai, sempre correndo o risco de amar e desamar. Mas para os bons entendedores, esta pequena letra basta. É que já tinha jurado uma parada há alguns anos, mas... quebrei a tal da jura. E quebrei bonito.

Foi, uma jura, que eu fiz / De nunca mais amar
Foi, uma jura, que eu fiz / De nunca mais amar

Ai, ai, ai, meu Deus / Pra que, que eu jurei ?
Todo mundo sabe / Quebrei, minha jura, quebrei...

11.6.08

UMA VISÃO BEM EGOÍSTA

Claro que há mais coisas legais em Aju City, mas vou listar algumas que me fizeram bem nas últimas horas. Estou sendo bem egoísta e não estou pensando no bem comum, não. Ora bolas, o blógue é meu e valem as minhas impressões, né não? Bora lá:

- Ver Guerra nas Estrelas na televisão de LCD nova. O episódio, claro, foi o primeiro, ou o quarto, ou o ‘Uma nova esperança’. Mas é o primeirão mesmo da série, feito em 1977.

- Achar magnífico o Destroyer Imperial grandão na primeira cena, dar uma cochilada do meio pro fim do filme e acordar na hora em que a Estrela da Morte vai ser destruída.

- Fazer reunião de trabalho, e reunião de amigos também, no Sollo, lugar aprazível pacas.

- Voltar para casa depois de uma reunião de trabalho, e reunião de amigos também, ouvindo Teresa Cristina no carro. Ah, beeeeeeem alto.

- Tomar banho em box sem cortina depois de uma tentativa frustrada de colocar a haste no lugar, molhar o banheiro todo, achar graça e sair andando em cima do pano para não cair.

- Abrir a porta de casa para sair para trabalhar e se deparar com uma mala de roupas esquecida no corredor do prédio, e com todo o conteúdo intacto.

- Comer broa com café preto no trabalho, desjejuando pela manhã. Ô combinação saborosa...

- Ficar confuso com a penca de possibilidades que aparecem na vida em um único dia.

- Começar a organizar e a projetar a casa mesmo sem saber por quanto tempo ela será sua.

- Saber que, pela intensidade, é possível dizer um ‘eu te amo’ para uma mulher de covinhas, mesmo sem saber o que ela vai achar disso.

Amigos, há também coisas ruins em Aju. Uma delas é andar em carro sem ar condicionado, ainda mais quando este carro é o seu e tem duas semanas de uso (a concessionária vai trocar a peça defeituosa só na semana que vem...). Outra é ter de enfrentar as mudanças da vida, e as novas possibilidades, sem ao menos ter tempo de pensar nelas, absorvê-las e senti-las (já estou procurando terapia para que essas coisas não me atrapalhem demais...).

Pronto, acho que por hoje é isso. Como bom geminiano, tenho ânsias de externar os sentimentos. Já o fiz aqui.

5.6.08

HOJE EU…

… peguei emprestado pela segunda vez este trecho de Guimarães Rosa do Orkut do Dioguinho (de amigo a gente não surrupia, a gente pega emprestado...): “A vida é assim: esquenta e esfria; aperta e daí afrouxa; sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Hoje eu acho que tive coragem...

... hoje eu tive coragem para me olhar no espelho do banheiro do trabalho e dizer “Leonardo, você, de vez em quando, é um merda, um Zé Mané, mas um cara gente boa também. Corra atrás, meu amigo”. Hoje eu me declarei como há muito não fazia, depois de uma sequência de fatos massa. Hoje eu gostei de me declarar e de achar tudo lindo. Hoje eu tentei roubar um beijo no início da madrugada, mas foi em vão. Hoje eu, rueiro, aceitei um convite para entrar um pouco mais na noite e tomar um chope com amigos.

Hoje eu comprei persiana e varal durante a tarde. Hoje eu comprei uma TV que se eu não gostar muito, não for muito boa e não usar muito, eu vou me fuder muito, porque ela foi muito cara. Hoje eu vi o quanto demora um churrasquinho no Última Sessão em dia de bar cheio.

Hoje eu vi que o Ka, ou Morcegão, vai ser parceiro. Hoje eu abasteci o carro com álcool pela primeira vez. Hoje eu ouvi uma piada tosca de um amigo dizendo que é melhor abastecer com álcool, porque ele e o carro ficarão sempre alcoolizados. Hoje eu tive um dia inenarravelmente normal no trabalho. Hoje eu tinha de fazer a barba, mas deixei para amanhã.

Hoje eu ainda vou trabalhar um pouquinho e atualizar esse sítio indicado aí do lado, a Agência Sergipe de Notícias, porque ‘o trabalho dignifica o homem’, ou porque ‘digno é o obreiro do seu salário’ e todas essas frases que enaltecem a labuta e a sua relação com a humanidade. Hoje eu fui zoado solenemente pela minha mãe por causa do futebol – quem manda ligar para casa e dizer que o Palermo vai fazer um gol, quem manda o Palermo fazer um gol e quem manda o Boca levar uma virada de 3 a 1 do Fluminense?

Hoje eu pensei num presente legal para dar nesta sexta-feira...

P.S.: Para quem disse que ia parar de escrever no São João, até que esse blog está animadinho...

3.6.08

APÊ NOVO

Ontem foi o primeiro dia de chaves e de passagem no apartamento novo. Edifício Piauí, apartamento 202, do Condomínio Porto das Águas. Prédio novo, apartamento novinho, mas sem nada. Pelado geral. Ou seja, me ferrei para organizar as coisas. Mas já estão comprados a cama, a geladeira, o fogão e a máquina de lavar. O telefone e a TV por assinatura serão instalados nesta semana, assim como a limpeza geral, que será feita na quinta-feira. Já quero passar lá este fim de semana. Terei de instalar persianas no apê. E, se não ficar muito complicado, vou colocar uma rede na varanda.

Ontem também muitas mudanças começaram. Depois de um fim de semana péssimo, mas péssimo mesmo – computo entre as coisas boas a vitória do Flamengo no Fla-Flu (claaaaaaro!!!) e o show do Calypso no Arraiá do Povo (pense num fim de semana péssimo para achar este show bom) – a segunda-feira terminou massa demais.

Primeiro, foi um bom contato que recebi do Rio de Janeiro. Lembrança profissional mais do que salutar, boa perspectiva, algo que me deixou bem feliz mesmo. Depois, foi um telefonema que me acordou de um cochilo com a Maria para mudar a noite. Saí, ouvi Teresa Cristina nas alturas no carro (aliás, o disco tocou o dia todo no carro, no melhor estilo “eu digo e até posso afirmar, vive melhor quem samba”, né não, Candeia?), vi a praia, falei de futebol no Mirante com o famoso garçom gente boa Careca, voltei feliz para casa. Até trabalhei tranqüilo. E Vicente, meu caro, vou te ligar no fim do Flu x Boca.

Mas o apê novo é legal. Calmo, bem organizadinho, já fiquei imaginando onde colocar as coisas nele. Dá para organizar uma sala legal. Só não sei como encher um dos três quartos. Um vai ser o quarto de dormir mesmo, outro vai ser o escritório e o terceiro... bem, tem uma proposta para jogar tranqueiras nele que eu espero que se cumpra. Seriam todas muito bem vindas essas tranqueiras. Até porque, para mim, tranqueiras e telefonemas que mudam o rumo das coisas fortuitamente são coisas que combinam.

E nessa onda de mudança dos últimos meses, esta segunda-feira, 2 de junho, pode ser computada como um dos dias mais representativos.
DO TRABALHO

Conversa na redação, numa ode à Sarajane, antiga musa do axé, ou seria lambada, nos anos 80 e início dos 90.

- Sheila: André, Sarajane ligou.

- André: Ah, Sarinha

- Eu: Vamos abrir a roda, enlarguecer...

- André: Aí é complicado esse negócio de abrir a roda...

- Sheila: Ô (risos)

- André: Mas Leo, não é do tempo dela não

- Sheila: Não é, mas eu to ligada

- Leo: Tá ficando apertadinha, por favor, abre a rodinha...

Risos e pano rápido!

P.S. 1: Não era a Sarajane ligando, claro.

P.S. 2: Eu já passei um ano novo em Salvador e que a galera, depois de beber todas na casa de um amigo, foi para a praia, já todo mundo louco. E no pequeno palco montado na praia - claro, ninguém tinha dinheiro para aquelas festas caras - quem se apresenta?!?!?!?! Sarajane!

P.S. 3: Este post foi corrigido depois da valorosa ajuda da Paula Dantas, pessoa mais do que sensacional, competentíssima advogada e profunda conhecedora da música baiana, que me alertou que a grafia correta é Sarajane, e não Sara Jane, como estava anteriormente.
COMEÇARAM OS FESTEJOS JUNINOS

Galera, começaram os festejos juninos aqui em Sergipe. O São João é a festa mais tradicional do Estado e em todas as cidades há festas, da mais pequenina até a mais grandiosa, como ocorre em Aracaju com o Arraiá do Povo, organizado pelo Governo (e onde estarei trabalhando um bom número de noites neste mês de junho), e o Forró Caju, organizado pela Prefeitura. Dois eventos grandes.

Esta foto aí de baixo, do bom e competente repórter fotográfico Márcio Dantas (que divide a labuta comigo aqui na Secom) é da abertura do Arraiá do Povo. Público estimado de 60 mil pessoas. Para um domingo, foi até um público bom.



Já esta outra foto é do André Moreira, também bom e competente repórter fotográfico daqui da Secom. Já é da entrada do Arraiá, que tem uma cidadezinha cenográfica montada, com todo o estilo de cidade do interior. Bem dividida, cheia de atrações turísticas, bares, artesanato e, claro, muito forró.



Enfim, se este blog já é um devezemquandário, agora mesmo é que o será no sentido mais literal possível desta expressão.

27.5.08

AHN?

Passava eu hoje cedo pela Avenida Presidente Vargas e ouvia, pelo notebook, 'Quitandeiro', de Paulo da Portela e Monarco. E já no melhor do "Chocolate, tu avisa a crioula, que carregue na cebola e no queijo parmesão", me perguntei: tô no Rio?

Não, estava em Lagarto, no Centro-Sul sergipano, voltando de uma manhã em Simão Dias, que além do trabalho, teve direito a padaria regada a abelhas e boa de conta: dois copos de café honestos, um copo de água e duas queijadinhas por apenas um real.

Em Lagarto também tem Presidente Vargas e, se você quiser, pode escutar um samba.

25.5.08

A ÚLTIMA DO RIO

Avenida Presidente Vargas, cinco e pouco da tarde, caminho do Maraca. No carro, eu, Álvaro, Gel, Dioguinho e os intrépidos e lindos Beatriz e Mateus. No rádio, Elton Medeiros, show ao vivo e, de repente, ‘Ame’, dele com o Paulinho da Viola. Sempre gostei dessa música e, naquele lapso de tempo, entre a preocupação com o jogo do Mengão e ouvir as tiradas sensacionais das crianças, diversos momentos da minha vida passaram rapidamente, até chegar no atual, ali dentro do carro, com uma penca de sentimentos misturados. Relaxei ao lembrar de Aracaju, das novidades da cidade nos últimos tempos, dos sentimentos. E dei um sorriso.

Estive pela última vez no Rio em fevereiro. Formatura da minha irmã, fim das minhas férias. Desta vez foi totalmente diferente. A cidade se abriu de maneira nova. Devo confessar que dei alguns suspiros nesta última passagem. Ainda estou dando. Alguns, a maioria, para falar a verdade, do tipo “pô, que coisa legal sentir isso”. Outros já assim “ô vida nova que começa”. E também, claro, após encontrar os amigos, todos eles importantes em cada etapa desta viagem, já assim “pô, que amigos legais”.

A sexta-feira foi legal. Encontrar o Vicente e namorada, Cadé, Anderson, Renata e o novo namorado, Jacomo (sempre com um sorriso) e Camila, no início da noite, foi maneiro. Abriu o espaço para a Lapa com Juliana, André, Pilar, o pessoal do Semente, o Capela com o seu Cícero e a volta para casa, bebum, de madrugada.

No sábado, putz, que samba bacana o da rua do Ouvidor: local agradável, caldinho de feijão temperadinho e honesto (seis pratas por uma cumbuca bem servida), música boa. Ótimo esquenta para o Maracanã. Fiquei rouco, depois da virada em dez minutos. E com direito a esporro do Dioguinho: “Porra, vai ficar mandando mensagem de celular no meio do jogo. Torce pro Mengão, ô caralho”. E eu “Calma Dioguinho, só uma mensagem rápida, olha lá o meio... tiraaaa essa bola, porraaaa”. E no lance seguinte, o gol da virada. Êxtase, a empolgante ‘Vamos Flameeeengoooo...’.

Depois, de noite, pizza na casa da Baixa e do Antônio, papo sobre trabalho e oportunidades, barrigão de grávida lindo da Débora. Legal, muito legal ver os dois. Aí, rumei para a casa da Nina, casa bacana numa vila perto do Pedro II, com o Sérgio, o marido gente boa, e a Aline Mini. Papo mais do que bom até cinco da manhã, regado a uma cervejinha light.

Ah, vale um parêntese, caminhar pelo Humaitá foi bom pacas. Ô, época de colégio, casas de amigos, cerveja após colégio, festas do Pedro II, violão na calçada, em frente ao bar, na escada do CPII, enfim. Vários amigos passaram pela caminhada sem estarem do meu lado. E cada um com seu devido espaço na lembrança.

Aí, agora, este domingo, que está se passando meio melancólico. Primeiro, por causa da rebordosa de dois dias de pouco sono e muita atividade. Depois, porque teve trabalho e trabalho, no domingo, é algo que nenhum ser humano merece – é, é foda trabalhar domingo, mas se é necessário, fazer o quê? E por fim, porque o que eu queria fazer mesmo eu não pude.

Mas ele, agora, está terminando bem. Passar o dia com o carinho dos pais é sempre bom, ainda mais quando já se acerta um novo encontro para uma ou duas semanas depois. E, depois, porque volto para Aracaju, para poder fazer tudo o que eu queria neste fim de semana e dar continuidade às mudanças que estão em curso nesta minha vida.

23.5.08

OUTRA DO RIO

Engraçadas essas coisas da vida. Agora, pouco depois de meia-noite, sou o único acordado na casa dos coroas. A casa já foi minha, já fiz muita farra aqui, já ri, já chorei, já botei música alta, mas hoje estou “sozinho”. Os pais dormem num quarto, a irmã e o namorado em outro e eu ouvindo Teresa Cristina aqui na sala, depois de fazer algumas coisas de trabalho para amanhã.

Engraçado porque estou na mesma mesa onde, quando era criança, comia em almoços de domingo com a família, onde estudei no ginásio, onde ficaram bolos de aniversário, onde escrevi cartas em papel (e hoje em dia eu escrevo posts neste blog) para uma ex-namorada (hoje amiga) que morava em outro estado, onde joguei Yam e comi bolo de fubá com café (cabrunco, essa é do arco da velha), onde fiz trabalhos da faculdade e por aí vai. Hoje, a mesa recebe um notebook, um copo de Bohemia Weiss e muita saudade. E a certeza de que não a verei já na segunda-feira.

A casa é a mesma onde vim morar em 1997, mas não é mais minha. Cheguei, fui beber água e a primeira pergunta foi “Pai, que copo eu pego?”. E logo eu, que tinha copo cativo em cima da geladeira, que era só meu. E o talher? Eu tinha um garfo e uma faca preferidos, que ficaram com minha irmã. Comi com garfo e faca de visita...

Neste feriado de outono no Rio eu serei visita na casa que já foi minha. É legal, mas engraçado, estranho mesmo. Do tipo “Meu filho, está aqui a sua toalha”. E lá vem uma toalha separada pela minha mãe para mim, e não a minha toalha. Vou até o antigo quarto do computador, onde eu colocava as minhas tranqueiras, e o que tem lá é mais bagunça, mas do meu pai. Até a minha cama se foi. Vou dormir de colchonete mesmo, mas de frente para a TV que dei para a coroa num Dia das Mães há algum tempo atrás (aliás, a TV quase foi baleada, mas isso é outro assunto...).

Só que mesmo sendo visita, é uma sensação boa saber de tudo da casa. Saber como se fecham as portas, onde fica a xícara para tomar o café, onde guardar o bolo de fubá, como organizar as coisas dentro da geladeira, onde comprar o pão para o café da manhã, onde fica o bloco de anotações do telefone e por aí vai.

É uma sensação bacana esta, de nostalgia, de novidade com algumas coisas, mas de saber que tudo está no seu devido lugar, mesmo você se esquecendo momentaneamente das coisas. Fora que, com pais bebuns, tem sempre uma cerveja pronta para ser gelada ou sempre a disposição para responder assim “Pode comprar que a gente bebe” depois de eu perguntar “Nessa casa não tem cerveja não, é?!”.

22.5.08

A PRIMEIRA DO RIO

Há alguns dias, fiz uma súplica ao Pedro Paulo, amigo de longa data e de primeira, padrinho, parceiro, enfim, um cara nota 10. Fiz uma súplica para ele voltar com o blog dele, o Mascavinhas, que para quem não conhece, coloca este aqui no chinelo fácil, fácil.

Pois bem, Pedro Paulo é jornalista, cantor, ator de musical e por aí vai. Trabalha um bocado, roda o país com o Sassaricando (musical fabuloso) e ainda estava se preparando para juntar os trapinhos com Cláudia. Hoje li um e-mail dele, explicando o motivo de não atualizar o Mascavas: vai ser pai. Notícia do caralho!!!!

Ô, Pedrão, que atualizar o Mascavinhas que nada. Tá mais do que certo. Tem é de alugar apartamento virado pro verde mesmo. E que notícia do cabrunco a do rebento que vem! Nada como começar o feriado no Rio desta maneira. E amanhã ainda tem Baixa, de barrigão.
A BOA MÚSICA

Hoje eu ouvi o duo de gaita e pandeiro mais singelo e bonito que eu já tinha escutado na vida. E tocando um chorinho bacana.

Também ouvi um agradecimento lá do fundo do peito dos mais sinceros e claros. E me lembrei dos meus - agradecimentos e pais.

Caro amigo Dudu, a boa música vai sempre continuar. E vamos sempre nos emocionar.

19.5.08

QUASE UMA SÚPLICA

Este blog não acredita em frases feitas, "sortes" de toda sorte, como as das agendas que as pessoas recebem de brinde no fim do ano, em livros de ajuda, auto-ajuda e afins. Não acredita e ponto.

Mas a frase do Orkut de hoje foi bacana, apesar de soar brega: 'O grande prazer da vida é chegar nas coisas antes inatingíveis'. E isto tem várias conotações.

Por exemplo, pode ser se 'arestar' (viva a licença poética) com pessoas difíceis, mas não impossíveis. Ou, então, fazer um pedido público a um amigo: Pedro Paulo, volta com esse Mascavinhas, ô cabrunco. Se eu fiz o inatingível e voltei com o CajuNews, o amigo pode voltar com o seu Mascavas, ora bolas.

Esse post já está no seu e-mail, caro amigo.
ADIDAS E NIKE

O último comentário que fiz nestas páginas foi sobre mudanças, com as voltas que o mundo dá. Acho que nunca passei por tantas como nos últimos meses. E agora, começo a encarar uma nova vida. Ano passado, no melhor estilo de crise dos 30 anos, crise balzaquiana ou o nome que queiram dar, achava que tinha de dar um rumo na minha vida. Esse rumo foi tanta coisa diferente que não chegava nunca. Mas nos últimos meses ele foi chegando.

Amanhã, por exemplo, devo fechar o aluguel do novo apartamento. Uma nova vida vai começar. Não tenho a menor idéia se vai ser boa ou se vai ser ruim. Mas como todo bom geminiano, estou encarando com um belo sorriso no rosto e de peito aberto o que está surgindo. Tudo a seu tempo, tudo a seu modo, as coisas se encaixam. E se o encaixe não é assim tão perfeito, a gente ainda se ajeita, ‘rebola’ um pouco, cede aqui e acolá para que tudo fique perto da perfeição. Até porque, para os geminianos não existe tempo fechado. A gente sempre encontra um jeito de melhorar as coisas e de fazer com que elas fiquem bem. E como sou um bom geminiano...

... mas como eu ia dizendo, será o começo de uma nova etapa. Já estou vendo eletrodomésticos e móveis para comprar – peeeeeeeeense na grana... –, pensando no famoso chá de casa para fazer – claro, a ajuda dos amigos é sempre importante ;-) –, nas festas que vão rolar, nos momentos de introspecção e de labuta, na noite que passar sozinho e achar melancólica, em tocar um pouco a Maria para relaxar (galera, a Maria é o violão) e por aí vai.

Também vai ser uma época de mais responsabilidade. Do caminhar com meus próprios pés. Está certo, eu já faço isso desde que saí da casa dos coroas, ainda no Rio de Janeiro, com a mudança de Jaca City para a Ilha do Governador. Mas agora, acho que tem outra dimensão: optei por uma nova vida e o caminho a percorrer é só meu. Claro, muitos pés de amigos ajudam nessa empreitada e isso é bom. Se outros pequeninos pés quiserem chegar junto, ótimo, é isso mesmo o que eu quero. Mas o caminho é meu e os meus pés é que vão dar o tom da travessia. Com os indefectíveis tênis Adidas.

Se bem que é tempo de mudança. Talvez seja a hora de comprar outro par de tênis. Vou providenciar isso nesta semana, como simbologia mesmo. Acho que vai ser um Nike, mas no estilo mais retrô dos Adidas. É porque eu mudei, as coisas mudaram, a vida mudou. Mas na essência, ainda sou o mesmo cara tranqüilão de sempre.

10.5.08

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ

Me peguei agora há pouco imaginando, do trajeto do portão do prédio para a porta de casa, como é que as coisas acontecem na vida. Eu fiquei imaginando como é que o simples fato de sair para comer um sanduíche, depois de uma noite numa boate, pode ser tão importante para a vida da gente. Ou que flores são sempre um presente legal.

Não vou escrever muito mais hoje não. Esse assunto vai ser recorrente no blog - pelo menos é o que eu acho. Mas como é que um sanduíche e flores podem deixar a gente tão feliz, mas tão feliz, que depois de acordar às cinco e meia da madrugada (é, 5h30min não serão nunca da manhã, porque manhã é depois de 10h), o cara ainda vair procurar a internet, às três da madrugada, só para escrever um post? E o que é pior: ainda diz, para quem quiser ouvir, que vai escrever o post!!!

Mas as voltas que o mundo dá são maneiríssimas. E ainda bem que o mundo gira.
DE VOLTA

Amigos, o CajuNews está de volta. Será um devezemquandário (gosto desta palavra e roubo sem saber de quem, pois já a vi), sempre que o ritmo das atividades permitir. Vou divulgar a volta dele aos poucos também. Tirei quase todos os posts antigos e não mudei cor porque daria muito trabalho agora. Deixei só esses posts aí de baixo. E há motivos, para vocês verem como as coisas mudam em três anos...

O mais velhinho é de um dos momentos profissionais mais legais que passei aqui. A descoberta rendeu prêmio e tudo (5 pratas de prêmio, foi legal). Mas hoje acho que estou numa fase mais bacana.

O do meio fala da amizade com os irmãos mais legais que conheço em Aracaju. Vale dizer que a amizade cresceu, que Clínio Jr. mora no Rio, que Dedé e Arthur estão na Nova Zelândia e que Kiko rumou para portugal com Luciana, sua esposa. E que eu escrevo este post sentado na famosa cama do barão, no antigo quarto de Clínio Jr. É, vim passar um tempo na casa deles.

Por fim, o das expressões já está desatualizado. Tem mara, massa, gongado, o famoso "iiiiiiiiiuuuuuuuu" da galera da Secom, o fechação e por aí vai...

Enfim, tô voltando para o CajuNews.