27.5.08

AHN?

Passava eu hoje cedo pela Avenida Presidente Vargas e ouvia, pelo notebook, 'Quitandeiro', de Paulo da Portela e Monarco. E já no melhor do "Chocolate, tu avisa a crioula, que carregue na cebola e no queijo parmesão", me perguntei: tô no Rio?

Não, estava em Lagarto, no Centro-Sul sergipano, voltando de uma manhã em Simão Dias, que além do trabalho, teve direito a padaria regada a abelhas e boa de conta: dois copos de café honestos, um copo de água e duas queijadinhas por apenas um real.

Em Lagarto também tem Presidente Vargas e, se você quiser, pode escutar um samba.

25.5.08

A ÚLTIMA DO RIO

Avenida Presidente Vargas, cinco e pouco da tarde, caminho do Maraca. No carro, eu, Álvaro, Gel, Dioguinho e os intrépidos e lindos Beatriz e Mateus. No rádio, Elton Medeiros, show ao vivo e, de repente, ‘Ame’, dele com o Paulinho da Viola. Sempre gostei dessa música e, naquele lapso de tempo, entre a preocupação com o jogo do Mengão e ouvir as tiradas sensacionais das crianças, diversos momentos da minha vida passaram rapidamente, até chegar no atual, ali dentro do carro, com uma penca de sentimentos misturados. Relaxei ao lembrar de Aracaju, das novidades da cidade nos últimos tempos, dos sentimentos. E dei um sorriso.

Estive pela última vez no Rio em fevereiro. Formatura da minha irmã, fim das minhas férias. Desta vez foi totalmente diferente. A cidade se abriu de maneira nova. Devo confessar que dei alguns suspiros nesta última passagem. Ainda estou dando. Alguns, a maioria, para falar a verdade, do tipo “pô, que coisa legal sentir isso”. Outros já assim “ô vida nova que começa”. E também, claro, após encontrar os amigos, todos eles importantes em cada etapa desta viagem, já assim “pô, que amigos legais”.

A sexta-feira foi legal. Encontrar o Vicente e namorada, Cadé, Anderson, Renata e o novo namorado, Jacomo (sempre com um sorriso) e Camila, no início da noite, foi maneiro. Abriu o espaço para a Lapa com Juliana, André, Pilar, o pessoal do Semente, o Capela com o seu Cícero e a volta para casa, bebum, de madrugada.

No sábado, putz, que samba bacana o da rua do Ouvidor: local agradável, caldinho de feijão temperadinho e honesto (seis pratas por uma cumbuca bem servida), música boa. Ótimo esquenta para o Maracanã. Fiquei rouco, depois da virada em dez minutos. E com direito a esporro do Dioguinho: “Porra, vai ficar mandando mensagem de celular no meio do jogo. Torce pro Mengão, ô caralho”. E eu “Calma Dioguinho, só uma mensagem rápida, olha lá o meio... tiraaaa essa bola, porraaaa”. E no lance seguinte, o gol da virada. Êxtase, a empolgante ‘Vamos Flameeeengoooo...’.

Depois, de noite, pizza na casa da Baixa e do Antônio, papo sobre trabalho e oportunidades, barrigão de grávida lindo da Débora. Legal, muito legal ver os dois. Aí, rumei para a casa da Nina, casa bacana numa vila perto do Pedro II, com o Sérgio, o marido gente boa, e a Aline Mini. Papo mais do que bom até cinco da manhã, regado a uma cervejinha light.

Ah, vale um parêntese, caminhar pelo Humaitá foi bom pacas. Ô, época de colégio, casas de amigos, cerveja após colégio, festas do Pedro II, violão na calçada, em frente ao bar, na escada do CPII, enfim. Vários amigos passaram pela caminhada sem estarem do meu lado. E cada um com seu devido espaço na lembrança.

Aí, agora, este domingo, que está se passando meio melancólico. Primeiro, por causa da rebordosa de dois dias de pouco sono e muita atividade. Depois, porque teve trabalho e trabalho, no domingo, é algo que nenhum ser humano merece – é, é foda trabalhar domingo, mas se é necessário, fazer o quê? E por fim, porque o que eu queria fazer mesmo eu não pude.

Mas ele, agora, está terminando bem. Passar o dia com o carinho dos pais é sempre bom, ainda mais quando já se acerta um novo encontro para uma ou duas semanas depois. E, depois, porque volto para Aracaju, para poder fazer tudo o que eu queria neste fim de semana e dar continuidade às mudanças que estão em curso nesta minha vida.

23.5.08

OUTRA DO RIO

Engraçadas essas coisas da vida. Agora, pouco depois de meia-noite, sou o único acordado na casa dos coroas. A casa já foi minha, já fiz muita farra aqui, já ri, já chorei, já botei música alta, mas hoje estou “sozinho”. Os pais dormem num quarto, a irmã e o namorado em outro e eu ouvindo Teresa Cristina aqui na sala, depois de fazer algumas coisas de trabalho para amanhã.

Engraçado porque estou na mesma mesa onde, quando era criança, comia em almoços de domingo com a família, onde estudei no ginásio, onde ficaram bolos de aniversário, onde escrevi cartas em papel (e hoje em dia eu escrevo posts neste blog) para uma ex-namorada (hoje amiga) que morava em outro estado, onde joguei Yam e comi bolo de fubá com café (cabrunco, essa é do arco da velha), onde fiz trabalhos da faculdade e por aí vai. Hoje, a mesa recebe um notebook, um copo de Bohemia Weiss e muita saudade. E a certeza de que não a verei já na segunda-feira.

A casa é a mesma onde vim morar em 1997, mas não é mais minha. Cheguei, fui beber água e a primeira pergunta foi “Pai, que copo eu pego?”. E logo eu, que tinha copo cativo em cima da geladeira, que era só meu. E o talher? Eu tinha um garfo e uma faca preferidos, que ficaram com minha irmã. Comi com garfo e faca de visita...

Neste feriado de outono no Rio eu serei visita na casa que já foi minha. É legal, mas engraçado, estranho mesmo. Do tipo “Meu filho, está aqui a sua toalha”. E lá vem uma toalha separada pela minha mãe para mim, e não a minha toalha. Vou até o antigo quarto do computador, onde eu colocava as minhas tranqueiras, e o que tem lá é mais bagunça, mas do meu pai. Até a minha cama se foi. Vou dormir de colchonete mesmo, mas de frente para a TV que dei para a coroa num Dia das Mães há algum tempo atrás (aliás, a TV quase foi baleada, mas isso é outro assunto...).

Só que mesmo sendo visita, é uma sensação boa saber de tudo da casa. Saber como se fecham as portas, onde fica a xícara para tomar o café, onde guardar o bolo de fubá, como organizar as coisas dentro da geladeira, onde comprar o pão para o café da manhã, onde fica o bloco de anotações do telefone e por aí vai.

É uma sensação bacana esta, de nostalgia, de novidade com algumas coisas, mas de saber que tudo está no seu devido lugar, mesmo você se esquecendo momentaneamente das coisas. Fora que, com pais bebuns, tem sempre uma cerveja pronta para ser gelada ou sempre a disposição para responder assim “Pode comprar que a gente bebe” depois de eu perguntar “Nessa casa não tem cerveja não, é?!”.

22.5.08

A PRIMEIRA DO RIO

Há alguns dias, fiz uma súplica ao Pedro Paulo, amigo de longa data e de primeira, padrinho, parceiro, enfim, um cara nota 10. Fiz uma súplica para ele voltar com o blog dele, o Mascavinhas, que para quem não conhece, coloca este aqui no chinelo fácil, fácil.

Pois bem, Pedro Paulo é jornalista, cantor, ator de musical e por aí vai. Trabalha um bocado, roda o país com o Sassaricando (musical fabuloso) e ainda estava se preparando para juntar os trapinhos com Cláudia. Hoje li um e-mail dele, explicando o motivo de não atualizar o Mascavas: vai ser pai. Notícia do caralho!!!!

Ô, Pedrão, que atualizar o Mascavinhas que nada. Tá mais do que certo. Tem é de alugar apartamento virado pro verde mesmo. E que notícia do cabrunco a do rebento que vem! Nada como começar o feriado no Rio desta maneira. E amanhã ainda tem Baixa, de barrigão.
A BOA MÚSICA

Hoje eu ouvi o duo de gaita e pandeiro mais singelo e bonito que eu já tinha escutado na vida. E tocando um chorinho bacana.

Também ouvi um agradecimento lá do fundo do peito dos mais sinceros e claros. E me lembrei dos meus - agradecimentos e pais.

Caro amigo Dudu, a boa música vai sempre continuar. E vamos sempre nos emocionar.

19.5.08

QUASE UMA SÚPLICA

Este blog não acredita em frases feitas, "sortes" de toda sorte, como as das agendas que as pessoas recebem de brinde no fim do ano, em livros de ajuda, auto-ajuda e afins. Não acredita e ponto.

Mas a frase do Orkut de hoje foi bacana, apesar de soar brega: 'O grande prazer da vida é chegar nas coisas antes inatingíveis'. E isto tem várias conotações.

Por exemplo, pode ser se 'arestar' (viva a licença poética) com pessoas difíceis, mas não impossíveis. Ou, então, fazer um pedido público a um amigo: Pedro Paulo, volta com esse Mascavinhas, ô cabrunco. Se eu fiz o inatingível e voltei com o CajuNews, o amigo pode voltar com o seu Mascavas, ora bolas.

Esse post já está no seu e-mail, caro amigo.
ADIDAS E NIKE

O último comentário que fiz nestas páginas foi sobre mudanças, com as voltas que o mundo dá. Acho que nunca passei por tantas como nos últimos meses. E agora, começo a encarar uma nova vida. Ano passado, no melhor estilo de crise dos 30 anos, crise balzaquiana ou o nome que queiram dar, achava que tinha de dar um rumo na minha vida. Esse rumo foi tanta coisa diferente que não chegava nunca. Mas nos últimos meses ele foi chegando.

Amanhã, por exemplo, devo fechar o aluguel do novo apartamento. Uma nova vida vai começar. Não tenho a menor idéia se vai ser boa ou se vai ser ruim. Mas como todo bom geminiano, estou encarando com um belo sorriso no rosto e de peito aberto o que está surgindo. Tudo a seu tempo, tudo a seu modo, as coisas se encaixam. E se o encaixe não é assim tão perfeito, a gente ainda se ajeita, ‘rebola’ um pouco, cede aqui e acolá para que tudo fique perto da perfeição. Até porque, para os geminianos não existe tempo fechado. A gente sempre encontra um jeito de melhorar as coisas e de fazer com que elas fiquem bem. E como sou um bom geminiano...

... mas como eu ia dizendo, será o começo de uma nova etapa. Já estou vendo eletrodomésticos e móveis para comprar – peeeeeeeeense na grana... –, pensando no famoso chá de casa para fazer – claro, a ajuda dos amigos é sempre importante ;-) –, nas festas que vão rolar, nos momentos de introspecção e de labuta, na noite que passar sozinho e achar melancólica, em tocar um pouco a Maria para relaxar (galera, a Maria é o violão) e por aí vai.

Também vai ser uma época de mais responsabilidade. Do caminhar com meus próprios pés. Está certo, eu já faço isso desde que saí da casa dos coroas, ainda no Rio de Janeiro, com a mudança de Jaca City para a Ilha do Governador. Mas agora, acho que tem outra dimensão: optei por uma nova vida e o caminho a percorrer é só meu. Claro, muitos pés de amigos ajudam nessa empreitada e isso é bom. Se outros pequeninos pés quiserem chegar junto, ótimo, é isso mesmo o que eu quero. Mas o caminho é meu e os meus pés é que vão dar o tom da travessia. Com os indefectíveis tênis Adidas.

Se bem que é tempo de mudança. Talvez seja a hora de comprar outro par de tênis. Vou providenciar isso nesta semana, como simbologia mesmo. Acho que vai ser um Nike, mas no estilo mais retrô dos Adidas. É porque eu mudei, as coisas mudaram, a vida mudou. Mas na essência, ainda sou o mesmo cara tranqüilão de sempre.

10.5.08

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ

Me peguei agora há pouco imaginando, do trajeto do portão do prédio para a porta de casa, como é que as coisas acontecem na vida. Eu fiquei imaginando como é que o simples fato de sair para comer um sanduíche, depois de uma noite numa boate, pode ser tão importante para a vida da gente. Ou que flores são sempre um presente legal.

Não vou escrever muito mais hoje não. Esse assunto vai ser recorrente no blog - pelo menos é o que eu acho. Mas como é que um sanduíche e flores podem deixar a gente tão feliz, mas tão feliz, que depois de acordar às cinco e meia da madrugada (é, 5h30min não serão nunca da manhã, porque manhã é depois de 10h), o cara ainda vair procurar a internet, às três da madrugada, só para escrever um post? E o que é pior: ainda diz, para quem quiser ouvir, que vai escrever o post!!!

Mas as voltas que o mundo dá são maneiríssimas. E ainda bem que o mundo gira.
DE VOLTA

Amigos, o CajuNews está de volta. Será um devezemquandário (gosto desta palavra e roubo sem saber de quem, pois já a vi), sempre que o ritmo das atividades permitir. Vou divulgar a volta dele aos poucos também. Tirei quase todos os posts antigos e não mudei cor porque daria muito trabalho agora. Deixei só esses posts aí de baixo. E há motivos, para vocês verem como as coisas mudam em três anos...

O mais velhinho é de um dos momentos profissionais mais legais que passei aqui. A descoberta rendeu prêmio e tudo (5 pratas de prêmio, foi legal). Mas hoje acho que estou numa fase mais bacana.

O do meio fala da amizade com os irmãos mais legais que conheço em Aracaju. Vale dizer que a amizade cresceu, que Clínio Jr. mora no Rio, que Dedé e Arthur estão na Nova Zelândia e que Kiko rumou para portugal com Luciana, sua esposa. E que eu escrevo este post sentado na famosa cama do barão, no antigo quarto de Clínio Jr. É, vim passar um tempo na casa deles.

Por fim, o das expressões já está desatualizado. Tem mara, massa, gongado, o famoso "iiiiiiiiiuuuuuuuu" da galera da Secom, o fechação e por aí vai...

Enfim, tô voltando para o CajuNews.