25.5.08

A ÚLTIMA DO RIO

Avenida Presidente Vargas, cinco e pouco da tarde, caminho do Maraca. No carro, eu, Álvaro, Gel, Dioguinho e os intrépidos e lindos Beatriz e Mateus. No rádio, Elton Medeiros, show ao vivo e, de repente, ‘Ame’, dele com o Paulinho da Viola. Sempre gostei dessa música e, naquele lapso de tempo, entre a preocupação com o jogo do Mengão e ouvir as tiradas sensacionais das crianças, diversos momentos da minha vida passaram rapidamente, até chegar no atual, ali dentro do carro, com uma penca de sentimentos misturados. Relaxei ao lembrar de Aracaju, das novidades da cidade nos últimos tempos, dos sentimentos. E dei um sorriso.

Estive pela última vez no Rio em fevereiro. Formatura da minha irmã, fim das minhas férias. Desta vez foi totalmente diferente. A cidade se abriu de maneira nova. Devo confessar que dei alguns suspiros nesta última passagem. Ainda estou dando. Alguns, a maioria, para falar a verdade, do tipo “pô, que coisa legal sentir isso”. Outros já assim “ô vida nova que começa”. E também, claro, após encontrar os amigos, todos eles importantes em cada etapa desta viagem, já assim “pô, que amigos legais”.

A sexta-feira foi legal. Encontrar o Vicente e namorada, Cadé, Anderson, Renata e o novo namorado, Jacomo (sempre com um sorriso) e Camila, no início da noite, foi maneiro. Abriu o espaço para a Lapa com Juliana, André, Pilar, o pessoal do Semente, o Capela com o seu Cícero e a volta para casa, bebum, de madrugada.

No sábado, putz, que samba bacana o da rua do Ouvidor: local agradável, caldinho de feijão temperadinho e honesto (seis pratas por uma cumbuca bem servida), música boa. Ótimo esquenta para o Maracanã. Fiquei rouco, depois da virada em dez minutos. E com direito a esporro do Dioguinho: “Porra, vai ficar mandando mensagem de celular no meio do jogo. Torce pro Mengão, ô caralho”. E eu “Calma Dioguinho, só uma mensagem rápida, olha lá o meio... tiraaaa essa bola, porraaaa”. E no lance seguinte, o gol da virada. Êxtase, a empolgante ‘Vamos Flameeeengoooo...’.

Depois, de noite, pizza na casa da Baixa e do Antônio, papo sobre trabalho e oportunidades, barrigão de grávida lindo da Débora. Legal, muito legal ver os dois. Aí, rumei para a casa da Nina, casa bacana numa vila perto do Pedro II, com o Sérgio, o marido gente boa, e a Aline Mini. Papo mais do que bom até cinco da manhã, regado a uma cervejinha light.

Ah, vale um parêntese, caminhar pelo Humaitá foi bom pacas. Ô, época de colégio, casas de amigos, cerveja após colégio, festas do Pedro II, violão na calçada, em frente ao bar, na escada do CPII, enfim. Vários amigos passaram pela caminhada sem estarem do meu lado. E cada um com seu devido espaço na lembrança.

Aí, agora, este domingo, que está se passando meio melancólico. Primeiro, por causa da rebordosa de dois dias de pouco sono e muita atividade. Depois, porque teve trabalho e trabalho, no domingo, é algo que nenhum ser humano merece – é, é foda trabalhar domingo, mas se é necessário, fazer o quê? E por fim, porque o que eu queria fazer mesmo eu não pude.

Mas ele, agora, está terminando bem. Passar o dia com o carinho dos pais é sempre bom, ainda mais quando já se acerta um novo encontro para uma ou duas semanas depois. E, depois, porque volto para Aracaju, para poder fazer tudo o que eu queria neste fim de semana e dar continuidade às mudanças que estão em curso nesta minha vida.

Um comentário:

Alvaro disse...

Muito bom, Zazá. O domingo foi ótimo, apesar de eu não ter aproveitado tanto com você(s). E, apesar dos torpedos durante o jogo, a vitória foi demais... "Vamos, Flamengo..."! Até a próxima que, espero, não esteja muito distante. Abração!