25.9.08

755 – Cascadura x Gávea

Longe de mim querer ganhar Oscar. Não é isso. Nem acho que o blógue mereça tanto, de forma nenhuma. Mas é que como tem filme com nome de linha de ônibus e um deles está aí na boca do Oscar, me senti no direito de colocar um pôste também com nome de linha de ônibus do Rio.

Até porque, se existe um ônibus que eu tenho uma relação assim de amor é o 755. Sem sombra de dúvidas foi o ônibus que eu mais peguei na vida, em diversas etapas. E na última segunda-feira, voltando de um encontro com amigos do Pedro II, nada mais nostálgico que voltar para casa nele – até porque, do CPII ou das festas da galera, eu ia e voltava nele.

O 755 começa ali na Gávea, como o nome diz, mas no Estádio da Gávea, do Mais Querido, do Mengão, que fica no Leblon. Uma vantagem do 755 é que a linha, de noite, não tem aquele lance chato pacas daqui do motorista ser o cobrador – o que tira emprego das pessoas e retarda a viagem. Então, ônibus novo, grande e com cobrador, o que adianta a viagem.

Mas continuando a viagem, o 755 parte ali da Gávea e já pega o Túnel Dois Irmãos. Já aí, várias lembranças. Até descer do ônibus logo depois do túnel, com o trânsito engarrafado, eu já fiz, para ir trabalhar na rua Mary Pessoa, no Alto Gávea. Ainda ganhava a subida da rua, uma boa caminhada. E tomava café na padaria próxima.

Sai do Dois Irmãos e cai na Rocinha. Nada demais. Nunca vi um problema ali por baixo. E nunca o ônibus foi assaltado ali. Na verdade, só trabalhador entrando e saindo. Aí, mais 200 metros, o São Conrado Fashion Mall, o bairro cheio de gente rica, os prédios onde moram artistas e cantores. Ô contraste deste Rio de Janeiro...

E lá segue o 755, entrando no Elevado do Joá. De manhã, na ida para o colégio e na direção contrária, pegava o sol nascendo atrás do mar. Lindo. De noite, na volta da Cobal, vento frio e o mar brilhando com o reflexo das luzes nas ondas. Quando termino de pensar nisso, vem a Barra da Tijuca.

Ô, a Barra tem uma parte importante na minha vida. A primeira escola, a República da Colômbia, no Riviera. Os primeiros amigos para a vida toda, os primeiros romances infantis, os primeiros filmes em cinemas de shopping, o primeiro acidente de carro, a primeira caneta do Flamengo, as festas no Marapendi, a praia, a praia e a praia, os primos e as casas nos condomínios, os violões e as músicas tiradas em guitarra, os namoricos, os refrigerantes de máquina em copo de papel, a volta para casa na mala da Belina, enfim, lembranças...

Aí, depois do Barra Shopping, vira para a Alvorada, aquela obra faraônica e superfaturadíssima do César Maia, a tal da Cidade da Música, que encobre o Bosque da Barra, onde ia quando era criança. Aí, Casa Shopping – vi um dos Karatê Kid lá e o primeiro filme 3D da minha vida – e depois o Via Parque. Passa a ponte, a entrada para o autódromo e o Riocentro, passa outra ponte, vem a Cidade de Deus. Também nunca vi nada por lá.

E segue o 755. Pega a Gabinal e desce na Freguesia. Se fosse há 11 anos atrás, eu desceria na Freguesia e iria caminhando pela Três Rios até a Xingu, para ir para casa. Mas o ônibus segue por Jacarepaguá, vai se encaminhando pro Pechincha, passo por uma obra da Celi que me faz lembrar de Aracaju, chego no Planalto do Chopp (acho que é esse o nome) onde comemorava os títulos do Flamengo. Aí, sigo no ônibus, Mato Alto, Praça Seca. Desço. Caminho até em casa. Me lembro do encontro com o pessoal do CPII na Cobal. Como algumas coisas não mudam na vida. Uma delas é o 755. Outra, a amizade.

21.9.08

O ACORDE SEGUINTE

São duas e meia da madrugada de sábado para domingo. Horário cedo para estar em casa no Rio – pelo menos eu acho. Mas hoje preferi fazer um programa família, indo para casa de amigos de longuíssima data da família. E que escolha bacana. Reencontrar Décio, Sonia, Renato (com a namorada, Gláucia ou simplesmente “More”), Denys, Marlene, Mitzzi e Claudio. Aliás, Claudinho ficou por último porque é o maior amigo de infância, mas encontro com ele todo dia no trabalho. Ele é o amigo de infância que ficou – estudamos juntos do jardim à quinta-série, sempre na mesma sala.

Enfim, foi legal pacas. Até violão eu toquei, para voltar de vez no tempo de festas e de aprendizados na Rua Ituverava, 202. Não tem mais Mancha, Rabisco, Garatuja, os cachorros que passaram pela casa. Tem um gato que me esqueci do nome agora, mas que se amarrou em mim. Dormiu aos meus pés, logo eu, que sou alérgico a pêlo de gato. Mas é vida que segue, o queijos-vinhos-cerveja-e-violão foi bom demais.

Assim como foi bom demais voltar a ver a Freguesia. Freguesia é uma localidade de Jacarepaguá e foi onde cresci. Foi onde virei gente e só saí aos 20 anos de idade para ir para a Praça Seca, onde estou morando agora. E ainda estão lá algumas coisas da infância e da adolescência, como a Passarela de Jacarepaguá, a padaria Cisne Branco, a Sendas cada vez maior, o posto Ipiranga na esquina da Estrada dos Três Rios, o cachorro-quente na praça da Freguesia.

Também tem um monte de coisa nova. Por exemplo, onde existia o Funchal, bar da infância, com um garçom português engraçado pacas, tem agora uma loja de carro. Que desperdício trocar chope por gasolina... aliás, o que tem de loja que vende carro não está no gibi ali pela Freguesia. Tem, também, mais supermercado – aliás, o tal do Prezunic parece um shopping! Saudade do Kompre Mais, mercearia do outro lado da rua quando era criança. Saudade de comprar leite B em saco, de deixar pendurado o refrigerante no Belacap, de comer pizza no Tio Frank, na esquina da rua Xingu.

Ah, por falar em Tio Frank, tem um enorme na esquina da rua da casa de Décio, Sonia, Renato e Claudio – agora por ordem cronológica. É o Tio Frank expandindo os negócios. Será que eles vão deixar eu, agora, entrar na cozinha como antes e preparar a pizza junto com os caras? Acho que não.

Mas as lembranças hoje foram da infância e da adolescência. Do tempo em que eu tirava o tampão do dedão na rua jogando bola descalço, que a Vó Geny (vó de Claudio e Renato e minha também, emprestada) esfriava o nosso café com leite passando o líquido de um copo para o outro. Do tempo em que eu achava que ter 18 anos iria ser o máximo, porque poderia dirigir. Do tempo em que eu tocava muito violão e imitava a Delayne, que era canhota e tocava o violão, para mim, como se fosse um espelho. Do tempo em que as festas eram muito boas, e que eu não tinha preocupação com nada, a não ser acertar o acorde seguinte.

15.9.08

ACOSTUMAR INFINITO

Avenida Presidente Vargas, ali pela altura da Central do Brasil, 20:44 no relógio da rua, temperatura de 16 graus. Chuva um pouco mais fina que a chuva fina. Ô dia feio que fez hoje no Rio de Janeiro. Feio e frio. Na ida para o trabalho, iniciozinho da tarde – ali logo depois do meio-dia – estava uma neblina danada do alto da Serra Grajaú-Jacarepaguá. Neblina da gente não conseguir ver o outro lado da rua. Mas foi só descer duas curvas que a vista, acinzentada, já se apresentou.

Tem tempo que não escrevo no blógue. O fiz correndo, quando cheguei, para dar logo as impressões e comunicar das coisas. Depois, foi um evento atrás do outro, um encontro atrás do outro, um reencontro atrás do outro, até passar por uma semana toda nova e boa, e aí hoje eu escrevo.

Não gosto de chuva, mas gosto de frio. O porém é que no Rio não faz frio com solão e céu azul, como em Porto Alegre, por exemplo. Então, na maioria das vezes, faz frio e tem uma chuva. Hoje não foi diferente. E carioca ainda está se acostumando a viver com frio e chuva, assim num acostumar infinito com essa situação. Eu ando na rua na boa e tal, mas não vou mentir: ainda não me acostumei com esse tempo murrinha que fez hoje e que deve continuar amanhã.

Aí que hoje aconteceu fato inusitado na volta do trabalho: o ônibus de ar condicionado, mais confortável e tal, passou vazio – ótimo, porque eu o peguei. Um pouco antes passou outro ônibus, sem ar, e que faz quase o mesmo trajeto: tinha gente em pé. Aliás, outra coisa com a qual eu vou ter de me reacostumar, ou ficar neste acostumar infinito: andar em pé em ônibus. Encaro o coletivo cheio, é fato. Mas morar longe e vir em pé é trevas.

Outra coisa trevas do Rio – trevas no sentido de exclamação da palavra – é o quanto a galera ouve celular ou mp3 player nos ônibus e nas ruas. Sem zoação, é mais da metade do ônibus, indo e voltando, que vai escutando o celular recheado de música ou o mp3 topado. Eu escuto iPod. Mas no trocadilho tosco, esse “aí pode” não vai poder muito mais não. Melhor perder um mp3 de 1 giga do que um iPod de 8. E gosto do meu iPod. Paguei caro, comprei capa de silicone, uma belezura. Se levarem, onde arrumarei outra amiga mara para trazer dos states outro para mim – se bem que o novo iPod, lançado semana passada, é bonito pacas. Huuummm, vai ter outra guia de turismo por aí não, hein?!?! ;-)

Outra coisa com a qual estou me acostumando é com o trabalho. Está começando a caminhar melhor. Hoje ficou claro para mim como uma crise lá fora interfere na vida da gente aqui. Não que eu não soubesse. Sabia e sei. Mas é que com o andar do trabalho, tudo acaba ficando mais simples, o pensamento caminha mais rápido, as coisas se ligam mais facilmente, quase mecânico.

É isso, voltei a aparecer por aqui. Esse tempo distante foi para um acostumar infinito com o Rio, com as coisas dele, com as coisas que estão fora dele. Se a gente tem de caminhar e não pode ter tudo como quer, ao menos por enquanto, bom ir se acostumando.

P.S.: Cabrunco, tô me cariocando de novo. Um pôste inteiro sem uma expressão aracajuana. Maaassa, véio!!!!

2.9.08

PRIMEIRAS IMPRESSÕES. OU SERIAM REIMPRESSÕES?

Nunca tinha passado tanto tempo longe de algo que tive muito contato como agora, com o Rio de Janeiro. Hoje foi o primeiro dia deste início, ou reinício, daí o título do poste, ‘Primeiras impressões. Ou seriam reimpressões?’. Sem nenhuma pretensão de nada, só o que passou pela mente ontem e hoje, tirando o tal do nervosismo no trabalho. Se alguém quiser saber o que pensei, só ler.

- Tenho que encher os oito gigas do iPod rapidinho. Daqui a uma semana vou começar a repetir música. Ô cidade em que tudo é longe...

- Caraca, o Maraca tá diferente mesmo!!! O público é outro! E o público feminino, então? Como diz um amigo, tenho de ir arrumado pra ver jogo de futebol agora, com perfume e tudo! Ô...

- Quanto cartaz tem espalhado pelo Rio, de candidato a serviços obtusos. Os que mais vi hoje, pelo menos os que mais reparei, foram os de tarô, baralho, trago a pessoa amada em três dias e afins. Quanta coisa dessa tem por aqui, meu Deus. O mais tosco foi um de uma “vidente humana”. E ela é vidente de quê? De animal? Vai chegar pro cara e dizer “Ó, não vai por aquele caminho não que o pombo vai cagar em cima da sua cabeça...”.

- É estranho voltar a fazer um trajeto que fazia direto, passar pelas mesmas ruas e ver que as elas não são mais as mesmas. Estranho, mas legal. Bem ou mal, é uma sensação de novidade com gosto de antiguidade.

- O Rio de Janeiro cobra caro por uma qualidade de vida que ele não oferece. Isso em relação a serviços de limpeza, segurança e afins.

- Ver o Engenhão do alto da Serra, ou da Auto-Estrada Grajaú/Jacarepaguá, é massa. O estádio é bonito. Aliás, é maneira a vista do Rio lá do alto da Serra...

- Rio de Janeiro com 16 graus até que é legal, desde que não chova. E faz um friozinho bacana.

- Fila pro show da Madonna dá mais gente que fila para ingresso de jogo de futebol.

- Tá na hora de ver e ouvir uma boa roda de samba. E também de passar um dia na praia com amigos.

- Tenho de começar a atualizar o vocabulário. Os amigos do jornal falam do sotaque. E eu, quando faço um comentário, mando um “massa” e não um “maneiro, brother”.

- Tem tanta coisa que eu queria ter feito, e que queria fazer, e que não posso...

1.9.08

ÊITA CABRUNCO

Primeiro pôste para o CajuNews desta nova etapa no Rio de Janeiro. Vai ser curto, mesmo, só para informar o tradicional “cheguei, tô vivo, daqui a pouco começo o trabalho novo, tô nervoso”. Em linhas bem resumidas, é isso aí. Êita cabrunco, a ficha começou a cair.

Ontem foi meu primeiro dia carioca. Digo primeiro porque como tudo tem início ou reinício, estou iniciando uma nova etapa na vida e reiniciando a vida no Rio. E tirando o nervosismo com o primeiro dia no trabalho (“Ô Zazá, bote pra lá esta porra”, né Kaká?), a ansiedade para saber como vai ser a rotina e se darei certo na mudança profissional, tudo está bem leve. Está tudo na paz.

No primeiro dia no Rio, quase tudo perfeito: café da manhã com café preto e bolo de fubá, almoço com “comidinha que filho gosta” feito pela mãe, Maraca com Fla-Flu emocionante, reencontros com amigos no estádio que perguntaram “veio só para ver o o jogo? Tá podendo...” e que acharam maneira a resposta “não, compadre, vim para ficar. Amanhã começo a trabalhar por aqui...”. Abraço, o tradicional “maneeeiro, cumpádi, tá de volta!!!” e descida da rampa do Maracanã, ao lado de 60 mil pessoas, já marcando o chope de sexta e a feijoada de sábado em Laranjeiras, “para reencontrar a galera toda, Leo”. O quase perfeito do primeiro dia ficou por conta da atuação grotesca do Obina, que perdeu três gols feitos e mais tropeçou na bola que andou, e pelo frango do Bruno. Mas o 2 a 2 até que foi legal...

Agora tenho de ir pro jornal. Fazer a barba, tomar um banho, frescão até o Centro. Tenho de chegar apresentável no primeiro dia. Então, arrumação e banho com ar condicionado. Depois, muito o que ver para aprender e tentar botar para lá a insegurança da primeira semana. O bom é que terei a companhia de uma grande amiga neste início, além de ótima jornalista. Aí, vai ficar mais fácil.

Mas para os amigos aracajuanos que acompanham este blógue e para os amigos cariocas que o lêem, “tamos aí”, para usar uma expressão antiga da vida profissional do Rio, expressão que tem bem uns oito ou nove anos. É vida que segue. E para ser bem sincero com todos, só segue em paz, leve, por causa do último dia em Aracaju.

Depois, ainda esta semana, escrevo mais.

11.8.08

CORRA, LEO, CORRA

O último pôste no blógue foi há uma semana atrás. É que começou o último mês em Aju City e a correria é grande. Quer dizer, vai piorar no fim do mês, normal, deixo tudo para a última hora mesmo. Mas como vi um recado da ‘digníssimagenteboaeamigona’ Luana Oliva pedido para eu blogar, eu bloguei e escrevo por aqui.

Está rolando uma sensação estranha nestes últimos dias, algo como correndo contra o tempo. No melhor estilo ‘o que eu deixei de fazer em Aracaju’, tô tentando fazer o que não fiz e repetindo o que gosto mais. Tudo para, no Rio, não pensar ‘pô, faltou isso em Aracaju’ ou ‘deveria ter voltado em tal lugar’.

E nesse caminho, então, não estou negando nada, ou quase nada. Se é para sair e tomar um chope, lá vou eu. Ver jogo do Flamengo no bar? Vamos nessa. Sair de noite para comemorar pela terceira vez o aniversário de uma amiga? ‘Tamos’ juntos’. Almoço no shopping? Claro! Praia? Bar de tarde no fim de semana? Festa? Ôxe, é comigo mesmo...

Não sei como vou chegar ao Rio de Janeiro depois de quase um mês todo de farra. Ontem, domingão, passei mais na horizontalidade do que na verticalidade. Foi bom. Hoje, segunda, estou na boa. Tem também a academia, já que a malhação ajuda a suar a cerveja ingerida com pouca moderação. E vida que segue, porque tem de ser vivida. Mas que está trevas essa vida intensa, ah isso está.

Agora, só estou pensando em resolver algumas coisas burocráticas do apartamento e na festa de sábado, que espero que seja bem legal. Tem tudo para ser massa.

Já a intensidade e o ritmo das coisas me afastam um pouco do CajuNews. Porém, vou tentar registrar aqui todo o meu carinho e apreço pelos amigos daqui. Vou tentar – nem vou prometer... – escrever pôstes para falar das pessoas que me ajudaram pacas aqui, que foram importantes, que se tornaram amigas de todas as horas, que... e que. Enfim, uma forma de registrar e deixar a homenagem para quem quiser ler.

4.8.08

ZUMBIDO EXPLICADO

Há alguns dias publiquei aqui um texto da assessoria do Star Fish informando do 10º Congresso Internacional de Zumbido, que será realizado no resort em 2011 (looooonge pacas...). Pois bem, o tal do texto não explicava patavinas sobre o que era zumbido.

Eu, de preguiça, também não procurei saber a explicação de tanto zumbido e só postei o texto dos caras porque achei engraçado. Mas hoje, minha fidelíssima escudeira Martha Mendonça me mandou a explicação sobre o que é o tal do zumbido.

Marthinha, hoje eu vou dormir feliz. Já sei o que é zumbido!
SEM COMENTÁRIOS

Sábado, fim da tarde, passada no trabalho para coletar mais dados para uma apresentação. Mesa da chefe, a edição de domingo, 3 de agosto, do JC. A capa vai abaixo. Viva a moda da manchete!!! E pano rápido...

1.8.08

VIVA A SEMANA DA AMAMENTAÇÃO



Hoje, dia 1º de agosto, está sendo aberta em todo o mundo a Semana da Amamentação. Mas o leitor habitual deste blógue deve estar se perguntando “mas por que cabrunco o Leonardo está falando de amamentação?”. É porque o assunto é importante, é porque existe uma rede mundial de blógues tratando do tema e porque aqui em Sergipe há várias ações que podem ser feitas para ajudar.

Comemorada anualmente em mais de 120 países, a Semana Mundial da Amamentação é uma iniciativa da Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno, concebida em 1992 com o objetivo de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. Para este ano o tema escolhido foi 'Nada mais natural que amamentar. Nada mais importante que apoiar', para que os familiares da lactante apóiem e propiciem um ambiente adequado para a amamentação.

O Estado tem um banco de leite humano, o Marly Sarney. Em meados de julho, a informação era de que a quantidade de leite tinha passado 21,9 litros em abril para 57,21 litros em junho, um acréscimo de 161% em dois meses. Se o trabalho feito pela Maternidade Nossa Senhora de Lourdes para ampliar o número de doações surtiu efeito, a quantidade coletada não é a ideal, já que a maternidade precisa de algo entre 100 e 120 litros de leite por mês.

Outro dado é que nos primeiros seis meses de 2008 foram coletados 282,72 litros de leite materno e distribuídos 392,76 litros. Mesmo assim, o estoque não é o ideal para a manutenção dos recém-nascidos prematuros de baixo peso que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonoatal (UTIN) das maternidades.

A amamentação é importante por diversos motivos. O leite de peito é o alimento mais completo que existe para o bebê. É de fácil digestão, não sobrecarrega o intestino e os rins e ainda protege o bebê da maioria das doenças. Amamentar é prático. Não precisa ferver, misturar, coar, dissolver ou esfriar. Além disso, o leite materno está sempre pronto, a qualquer hora ou lugar.



O ato de amamentar transmite amor e carinho, fortalecendo os laços entre a mãe e o bebê. A mãe também fica protegida contra a perda de sangue em grande quantidade depois do parto e contra a anemia. E como a natureza é sábia, a amamentação diminui as chances de a mãe ter câncer de mama e de ovário.

Então, galera, o CajuNews se soma à rede blogueira. E, para terminar, os endereços de bancos de leite humano em Sergipe.

Hospital e Maternidade São José

Banco de Leite Humano Irmã Rafaela Pepel
Rua Jackson de Figueiredo, 401, Centro
Itabaiana - CEP: 49500-000
Tel.: (79) 3431-2290

Maternidade Hildete Falcão Baptista

Banco de Leite Humano Marly Sarney
Rua Recife, s/n, bairro José Conrado de Araújo
Aracaju - CEP: 49085-310
Tel.: (79) 3226-6335

Maternidade Zacarias Júnior

Serviço de Apoio e Incentivo ao Aleitamento Materno Zóed Bittencourt
Rua Hipólito Santos, s/n, Centro
Lagarto - CEP: 49400-000
Tel.: (79) 3631-9604

29.7.08

ESTAÇÃO DERRADEIRA

Há algum tempo eu escrevi um pôste aqui e coloquei a música ‘Jura’ (Foi uma jura, que eu fiz de nunca mais amar...). Pois bem, não sei se fui muito bem entendido na época, mas não tinha nada a ver com amores. Nada disso. Tinha a ver com a minha volta para o Rio. O motivo era simples: tinha tomado a decisão e ainda não tinha avisado no trabalho. Daí eu me remeter a uma jura que tinha feito há alguns anos e que tinha quebrado bonito. Não tem nada a ver com amores. E ainda tentei deixar claro isso, falando que se a música fosse só para o amor, tudo bem. Mas me entenderam errado.

Saí do Rio com a intenção de não mais voltar. Essa intenção quase que foi pro ralo no início de 2007, quando passei uma semana por lá e tive, sim, vontade de retornar. Aí, agora, com a oferta de trabalho e a possibilidade real de me estabelecer profissionalmente, a vontade deu lugar à realidade, ao fato concreto de voltar para casa.

E como agora já é certo, coloco uma das trocentas músicas que falam do Rio e que eu ouvi hoje cedo. É ‘Estação derradeira’, do Chico, de 1987. É a música que dá o nome ao pôste.

Rio de ladeiras
Civilização encruzilhada
Cada ribanceira é uma nação

À sua maneira
Com ladrão
Lavadeiras, honra, tradição
Fronteiras, munição pesada

São Sebastião crivado
Nublai minha visão
Na noite da grande
Fogueira desvairada

Quero ver a Mangueira
Derradeira estação
Quero ouvir sua batucada, ai, ai

Rio do lado sem beira
Cidadãos
Inteiramente loucos
Com carradas de razão

À sua maneira
De calção
Com bandeiras sem explicação
Carreiras de paixão danada

São Sebastião crivado
Nublai minha visão
Na noite da grande
Fogueira desvairada

Quero ver a Mangueira
Derradeira estação
Quero ouvir sua batucada, ai ai