29.7.08

ESTAÇÃO DERRADEIRA

Há algum tempo eu escrevi um pôste aqui e coloquei a música ‘Jura’ (Foi uma jura, que eu fiz de nunca mais amar...). Pois bem, não sei se fui muito bem entendido na época, mas não tinha nada a ver com amores. Nada disso. Tinha a ver com a minha volta para o Rio. O motivo era simples: tinha tomado a decisão e ainda não tinha avisado no trabalho. Daí eu me remeter a uma jura que tinha feito há alguns anos e que tinha quebrado bonito. Não tem nada a ver com amores. E ainda tentei deixar claro isso, falando que se a música fosse só para o amor, tudo bem. Mas me entenderam errado.

Saí do Rio com a intenção de não mais voltar. Essa intenção quase que foi pro ralo no início de 2007, quando passei uma semana por lá e tive, sim, vontade de retornar. Aí, agora, com a oferta de trabalho e a possibilidade real de me estabelecer profissionalmente, a vontade deu lugar à realidade, ao fato concreto de voltar para casa.

E como agora já é certo, coloco uma das trocentas músicas que falam do Rio e que eu ouvi hoje cedo. É ‘Estação derradeira’, do Chico, de 1987. É a música que dá o nome ao pôste.

Rio de ladeiras
Civilização encruzilhada
Cada ribanceira é uma nação

À sua maneira
Com ladrão
Lavadeiras, honra, tradição
Fronteiras, munição pesada

São Sebastião crivado
Nublai minha visão
Na noite da grande
Fogueira desvairada

Quero ver a Mangueira
Derradeira estação
Quero ouvir sua batucada, ai, ai

Rio do lado sem beira
Cidadãos
Inteiramente loucos
Com carradas de razão

À sua maneira
De calção
Com bandeiras sem explicação
Carreiras de paixão danada

São Sebastião crivado
Nublai minha visão
Na noite da grande
Fogueira desvairada

Quero ver a Mangueira
Derradeira estação
Quero ouvir sua batucada, ai ai

Um comentário:

Unknown disse...

É issso, só aceito por que vai me proporcionar Samba na Lapa quando eu quiser (ou "quando meu dinheiro der".

Vou morrer de saudades....